sexta-feira, 21 de novembro de 2014

ANTÔNIO CANDIDO ENTRE UMAS E OUTRAS INTERPRETAÇÕES DO BRASIL.

Antonio Candido and Gilda de Melo e Souza, writer and researcher. Portait /Archive: Bobo Wolfelson

O breve ensaio pensa a partir de aspectos da linguagem sociológica presentes na construção da narrativa social da Literatura Brasileira o que nos permite observar os traços que contornam a “comunidade imaginada”, a “autoimagem”, a “nação” e seu ideal de povo e formação histórica. A partir da leitura e reconstrução sócio-histórica da intelligentsia literária do país, numa marcação temporal de longa duração, pode-se perceber o trabalho intelectual do ensaísmo crítico de Antônio Cândido, como aos modos de outros “clássicos” nas Ciências Sociais brasileira, com uma combinação entre vida social e expressão estética. Na elaboração de sentido e uma interpretação para o significado da Tradição Cultural do país fundem-se o pensamento social a teoria e crítica literárias numa busca de noção conceitual e um estilo para a uma ideia de Brasil. Pontuo um dos sentidos mais caros à tradição intelectual no Brasil, os esforços de interpretação no que toca à formação da cultura nacional, a “condensação equilibrada”, como posta por Antônio Candido na imagem do binômio dialético localismo/cosmopolitismo, nos colocam diante da necessidade de ter em predileção os fenômenos de inovação e ruptura como preditivos da atenção do investigador que, com o advento da Modernidade, encontra-se diante de uma Sociedade à mercê de uma Cultura sempre cindida por um lado, por um projeto ideológico das elites e do Estado e por outro, um projeto estético dos artistas e intelectuais na atuação de sua produção cultural

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