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| Antonio Candido and Gilda de Melo e Souza, writer and researcher. Portait /Archive: Bobo Wolfelson |
O breve ensaio pensa a partir de aspectos
da linguagem sociológica presentes na construção da narrativa social da
Literatura Brasileira o que nos permite observar os traços que contornam a “comunidade
imaginada”, a “autoimagem”, a “nação” e seu ideal de povo e formação histórica.
A partir da leitura e reconstrução sócio-histórica da intelligentsia literária
do país, numa marcação temporal de longa duração, pode-se perceber o trabalho
intelectual do ensaísmo crítico de Antônio Cândido, como aos modos de outros
“clássicos” nas Ciências Sociais brasileira, com uma combinação entre vida
social e expressão estética. Na elaboração de sentido e uma interpretação para
o significado da Tradição Cultural do país fundem-se o pensamento social a
teoria e crítica literárias numa busca de noção conceitual e um estilo para a
uma ideia de Brasil. Pontuo um dos sentidos mais caros à tradição intelectual
no Brasil, os esforços de interpretação no que toca à formação da cultura
nacional, a “condensação equilibrada”, como posta por Antônio Candido na imagem
do binômio dialético localismo/cosmopolitismo, nos colocam diante da
necessidade de ter em predileção os fenômenos de inovação e ruptura como
preditivos da atenção do investigador que, com o advento da Modernidade,
encontra-se diante de uma Sociedade à mercê de uma Cultura sempre cindida por
um lado, por um projeto ideológico das elites e do Estado e por outro, um
projeto estético dos artistas e intelectuais na atuação de sua produção
cultural
