domingo, 30 de novembro de 2014

A teoria entre a barbárie e o esclarecimento







Refletindo sobre as perspectivas da Teoria Crítica, a racionalidade instrumental e a reprodução simbólica surgem como pontos chave para o entendimento e compreensão desta corrente de pensamento social. A Teoria Crítica Clássica que se constitui em Adorno e Horkheimer nos seus primeiros escritos transforma-se com Habermas na sua face reflexiva alcançada na Teoria da Ação Comunicativa, desdobrando-se na Teoria do Reconhecimento, desenvolvida por Axel Honneth.

As formas da técnica e da Ciência, tomadas enquanto ideologia, como posto por Habermas, complementa os pressupostos da teoria da racionalidade instrumental. O percurso da escola de pensamento alemão opera uma reescritura da dialética num movimento analítico. Observando esse reservatório crítico que é a T. C. os estudos dos frankfurtianos apresentam uma visão alternativa à colonização, numa dimensão crítica.

O esclarecimento de um sistema social marcado pela racionalidade instrumental posto em cheque pela “ação comunicativa”, ou seja, ações políticas no âmbito dos estados democráticos, que permitem a interação entre o “mundo da vida” e o mundo colonizado do sistema burguês marcado pela alienação.  Na lógica das ciências sociais, a teoria organiza a crítica e o interesse, como apontou Habermas no universo da democracia e do direito, assim sociedade civil e política desdobram-se numa mudança estrutural da esfera pública onde emancipação e revolução condicionam a abolição das relações capitalistas.