quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

IDENTIDADE, PERTENCIMENTO E EMPODERAMENTO: A FACE POLÍTICA DO CONFLITO CULTURAL.




Aspectos como território e patrimônio histórico são elementos definidores de uma cultura em qualquer sociedade. O homem é o universo em que vive e assim toda cultura quando em efetivação de suas potencias compõem a sociedade na qual está contida.

As remoções das comunidades indígenas ou quilombolas, a violência e extermínio de determinados grupos étnicos dessas comunidades revela o sinal de uma consciência política por meio da dimensão territorial. A liberdade, a honra e a paz para esse povos só se dá através da luta, da negociação ou do conflito com a ordem hegemônica representado pelo Estado e o Mercado, na maioria das vezes. Nesse contexto, a Cultura desses povos como expressão de sua identidade, é também por sua vez um instrumento de luta na construção desse processo social de enfrentamento, resistência e emancipação social.

O Brasil esse país difuso é resultado de circunstâncias históricas bem complexas, que por razões óbvias, não posso reduzi-las aqui, mas importa dizer que essa formação histórica e social tão conturbada começa a encontrar seus pontos radicais no esquema  sociológico de suas contradições. As apropriações e inserções ambíguas e por vezes operadas entre o eu (ameríndio) e os outros (europeus e africanos) gerou no sistema social do país formas de classificação e hierarquias contraditórias. A não mediação e a adulteração de regras de sociabilidade destes grupos gerou desigualdades de poder na medida em que a diversidade cultural só se intensificou ao passar do tempo.