E toda tradição manifesta-se através de uma cultura. Cultura
que envolve relações de poder e desigualdade. Alguém na sala se lembra do livro
“ O que é Cultura” de José Luis dos Santos, Eu em silêncio penso naquele livro
do Laraia ou na Dialética da Colonização de Alfredo Bosi. Sandroni é mencionado
por acaso.
Cultura, espírito.
A barca, o coco, o cavalo marinho, o
maracatu, a Biblioteca do Congresso dos EUA, o Centro Cultural São Paulo;
cultura- agricultura. Cultura popular tradicional (noção bem curiosa). O dó de
peito, uma dissonância consoante contemporaneamente compartilhada na
experiência social. Através da cultura se retorna a natureza. Cruzando as
esferas do volk, cultura e arte,
atinge-se um saber que possa aproximar os homens. Como uma pedra filosofal do
elo perdido entre a os homens e sua identidade com a humanidade, é a crise do
paradigma do humanismo, o maquinismo do esquecimento.
Daí que chamo atenção para fatores como o narrador, quem
narra a cultura? Onde está a narrativa das formas sociais da modernidade?
[Quem faz da academia e da ciência um projeto social, deixa
de lado os fundamentos do trabalho intelectual.]
Hegemonia e
repressão, convencimento e violência. A ideologia dominante (racionalismo, religião e racialismo) esqueceu-se humanismo, e a lembrar de ter memória. Assim
combate o pensamento crítico com qualquer ensaio sobre o eu e qualquer assunto; é sempre uma porta aberta o que diz. Por isso é mister estar atento à crítica
forma e a forma da crítica.

Nenhum comentário:
Postar um comentário